30/05/2016 - Vivo para saber
Eu não sei como você vai aparecer. Não sei como vai reagir. Não sei o que vai vestir, o que vai dizer. Se vai sorrir, se vai correr. Não sei como vai me receber. Não sei se virá para mim ou de mim. Não sei o que vai pensar, imaginar, sonhar quando me ver. Não sei com que cor vai me tingir, com que textura vai me tocar, se vai dizer que é hora de pousar ou de partir. Não sei como tudo vai se encaminhar. Não sei se o roteiro vai ser cumprido da forma como pensei, imaginei, sonhei. Não sei se vai me provocar ou nem vai se importar com a minha presença. Não sei qual vai ser a sua sentença. Não sei se vai se abrir ou se fechar, rugir ou silenciar, cair ou levitar. Não sei se vai ter coração ou solidão, se vai ter contentamento ou lamento, se vai me chamar ou me expulsar. Não sei se vai se entregar ou se despetalar se deixando levar pelo vento lacaio findando maio.
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