Vila das valsas (trecho III)
"Um casebre de madeira com uma longa varanda sustentada por velhos mourões. Talvez eucaliptos. Desci sem companhias. O trem, sem estímulos, cumpria o seu curso e aos apitos, alimentava-se de trilhos. Eu, sozinho, um lugar onde jamais pusera os pés antes. Fiz, mas o porquê de fazê-lo ainda não sabia. O estranho é que quando o trem parou, algo me dizia que aquela era a minha estação. Sem ninguém para pedir conselhos, tinha que escutar vozes que vinham não sei de onde. Hipóteses à parte, o fato é que eu estava na Estação de Vila das Valas. Uma placa trincada, talvez por prego, talvez por caruncho, talvez por idade, dependurava-se tímida num dos caibros da varanda. Vila das Valsas. Por enquanto, simples dizeres. Vila das Valsas. Uma cidade perdida entre o horizonte nublado e a terra úmida".
Observação do autor: Gostou deste aperitivo? Quer continuar lendo está história? Em breve este romance recheado de histórias e de muita ilusão estará, capítulo por capítulo, ao seu alcance. Aguarde!
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