01/01/2010 - Uma nova lavoura
A terra está preparada. Pode começar a lavoura. Converse com o tempo e entrem em um acordo. Flerte com as sementes. Quanto mais rápido plantar, mais rápido terá do que se alimentar. No entanto, que essa plantação lhe valha a curto, médio e longo prazo. Afinal, o infinito é finito. E que a plantação seja sua imagem e semelhança. Plante sentimentos, plante pessoas, plante sonhos. Plante o que quiser plantar desde que seja responsável pelo que estiver em seu terreno.
Não sufoque a plantação com cercas. Opte pela diversidade, pela multiplicação, pela comunhão de culturas. Cuidado com os corvos, com os gafanhotos e com outras criaturas que possa a vir chamar de pragas. E saiba que ao escolher entre a mão e os tratores estará influenciando diretamente no sabor das coisas. Não se esqueça da adubação, da irrigação, da relação entre planta e plantador. Quanto maior a cumplicidade nessa relação maior será a colheita.
O ano que se inicia é terra nua e fértil esperando ser trabalhada. Nada mais somos do que lavradores, filhos dos amores dessa terra. Portanto, antes de reclamar ou maldizer os dias que irão nascer, plante-os. E após a plantação, cuide e saiba aproveitá-los ao máximo. Afinal, se em cada passo seu for deixada uma semente não há de lhe faltar nada. Pense nisso e comece sua plantação, encarando o novo ano como uma nova lavoura.
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Feliz Ano Novo! Que em 2010 sua vida seja feita de muitos contos, crônicas, romances, poesias, atos, perfis e artigos. E que possamos nos encontrar diariamente aqui entre palavras e sentimentos.
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