08/05/2011 - Um dia para poucas
Mãe não é quem gera, pari ou educa, mãe é quem ama. Ama incondicionalmente, independentemente de qualquer fato, tempo ou ação. Mãe é mais do que uma pessoa, é um patamar bastante elevado na escala sentimental. Não é à toa que o amor maternal figura entre as mais puras e intensas manifestações afetivas. Amor de mãe não questiona, não medra, não seca, não julga, não fere, não se transforma em qualquer outra coisa senão em amor. Por isso, o número de mães é bem menor do que se imagina.
Mãe não é quem aborta no período de gestação ou mesmo depois do parto. Mãe não é quem abandona, quem nega, quem magoa, quem confunde amor com possessão. Mãe é uma instituição pública e universal, não condizente com práticas unilaterais ou prejudiciais à preservação da espécie. Mãe não destrói, não corrompe, não deturpa os sonhos e esperanças de um filho. Mãe não semeia trevas no coração daquele que um dia ela deu à luz. Mãe é doação que nunca cessa.
Mãe não é quem ameaça, quem torce contra, quem se deixa levar por interesses mesquinhos e egoístas. Mãe é o todo, o macro, o tudo. Mãe não tem máscaras ou disfarces. Mãe é a vontade constante de ver um filho feliz. Mãe é aquela que entende que um filho pode ser maior que ela e, até mesmo, trilhar caminhos diferentes do dela. Mãe é quem pede pelo filho, nas orações diárias, antes de pedir por si própria. Mãe não é uma condição ou um desejo e sim uma vocação.
Ser mãe é como um voto que se assume para sempre. Por isso, é uma dádiva de poucas.
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