27/12/2015 - Tudo evolui
A rua parece ser a mesma, mas é diferente e a cada vez que passo por ela. E não falo diferente no sentido de pequenos detalhes, mas no conjunto que compõe a rua. A cada vez que volto a uma mesma rua sou tomado por novas emoções, sensações, descobertas. Aprendi a jamais considerar que conheço essa ou aquela rua. Eu não conheço nada do hoje. Posso ter algum conhecimento sobre o passado, sobre as ruas que já percorri, mas não sei absolutamente nada em relação às ruas pelas quais eu passo agora. Por isso, não crio expectativa, tampouco me encho de segurança para pisar aqui ou ali. Cada passo é novo. É imprescindível ter a consciência de que nada é como já foi um dia. Tudo muda. Tudo se transforma. Tudo evolui, de uma forma ou de outra.
Da mesma forma como as águas do rio de hoje não são as mesmas de ontem, a rua que percorre agora não é a mesma pela qual passou da última vez. Portanto, encare cada rua, por mais que ela pareça uma velha conhecida, como inédita, preparando-se para seus desafios, sempre novos, e para suas conquistas. Rua alguma está definitivamente conquistada, descoberta, vista, percorrida. Há sempre algo ainda a ser buscado e revelado. Além da rua de hoje não ser a mesma de ontem, você, ao entrar na rua de agora, não é o mesmo que passou pela rua minutos, dias, anos atrás. Tudo muda. Tudo se transforma. Tudo evolui, de uma forma ou de outra.
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