Daniel Campos

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24/11/2011 - Trago-me

Mãe, mais uma vez olha eu aqui me trazendo aos seus pés em prova de amor, em prova de fé. Mais uma vez trago flores de pensamento, velas de esperança e terços de sonhos. Trago aos seus pés um rosário de coisas para agradecer. Trago pedidos vindos de longe e também de dentro de mim. Trago angústias e aflições. Trago um desejo de colo. Trago um amanhã ainda em formação. Trago dúvidas, incertezas e mãos para que me conduza em sua direção. Trago palavras nunca ditas e uma história tão bonita...

Trago ò minha mãe, minha rainha, meu santo auxílio, um buque de motivos que me fazem querer ficar mais e mais perto de ti. Trago o que de melhor eu sou. Trago meus vôos, meus mergulhos, meus saltos, minhas quedas. Trago meus erros e meus acertos e minha disposição em recomeçar. Trago minhas sombras para a sua luz. Trago tudo o que semeei e colhi até agora. Trago meus sorrisos, minhas palpitações, meu pranto. Trago meu destino para que o termine de traçá-lo como bem quiser...

Trago ò senhora da minha existência tudo o que conquistei e o que ainda busco. Trago terras, águas e nuvens. Trago meus passos, minhas marcas, minhas lutas. Trago minhas orações, minhas canções, minhas inspirações. Trago minha vontade de ser e de fazer feliz. Trago a minha servidão, a minha devoção, a minha afeição. Trago o meu corpo e o meu espírito. Trago os meus medos para tomar de conta. Trago a certeza de que me escuta, de que me vê, de que caminha comigo. Trago-me.


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