Daniel Campos

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26/12/2013 - Toma de conta

Toma de conta do que eu conto, que tudo é teu. Aposse-se sem receio ou pudor porque tudo de mim já nasce e renasce destinado a você. Toma de conta porque, para você, minha obra, mesmo inacabada, já está pronta para tomares conta. Apanhe tudo o que há pelo caminho que abro e desbravo para você passar. Nem precisa fazer de conta que tudo, de fato, é teu porque não sou mais meu, é fato. Guarde o que quiseres, como quiser, pois só existo quando guardado entre teus guardados. Toma de conta do meu samba, da minha moda, do meu tango, da minha bossa, do meu fado e de tudo mais que em mim se compõe a você. Leve contigo, em teus tantos abrigos, as minhas linhas, os meus versos, as minhas rimas, pois tudo é da inspiração que me move e comove por direito. Toma de conta e não se preocupe em acertar qualquer conta, pois a doação do meu amor por meu amor é espontânea e incondicional, impossível de ser contestada, modificada ou anulada. Toma de conta do que amo porque foi legitimamente declarada e vivida amada, com todo gozo e regalia que lhe cabe ao tomares conta do que é da sua conta – eu.


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