04/04/2016 - Tô que tô
Hoje eu tô que tô. Ninguém me segura. Tô mais feliz que papai noel gritando hô-hô-hô. Hoje eu tô que tô. Tô quente, bonito, fervendo, querendo mais e mais de tudo isso. Hoje eu tô de reboliço. Hoje feitiço não me pega. Hoje nada de ruim me carrega. Hoje eu tô que tô. Atotô, atotô. Hoje eu tô nagô, enfrentando, quebrando, rolando as pedreiras de Xangô. Mais charmoso que canto de agogô. Mais cheiroso que fulô de laranjeira. Tô ioiô descendo ladeira, pulando ribanceira, dando canseira na iaiá. Hoje eu tô que tô, sinhô sem chororô, querendo amar no larara lararara larararaó. Atotô, atotô, ioô chegou. Hoje eu tô que tô, fazendo kizumba, desfazendo macumba, rompendo a tumba do faraó. Ó que dó de você, pois eu tô que tô girando o mundo, botando fundo, aproveitando cada segundo que deus me dá. Hoje tô todinho de iaiá. Hoje tô doidinho por iaiá. Hoje tô no caminho de iaiá. Hoje eu tô que tô bom de se apaixonar, no calor de me enviesar, num bate tambor de clarear e juntar os caminhos de quem não segue sozinho. Clareia, clareia, clareô. Atotô, atotô, me ama que eu tô, que eu tô que tô.
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Que maravilha
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