Daniel Campos

Imprimir Enviar para amigo
18/01/2011 - Tão perto e tão longe do Natal

Ainda é janeiro e os papais-noéis sumiram das ruas, das lojas, das casas. Onde se esconde o bom velhinho? Pólo Norte? Lapônia? Belém? Tão pouco tempo nos dista do Natal e ninguém fala mais em presentes, em peru, e m árvores, em enfeites, em luzes que imitam estrelas, em espírito natalino.

É como se Noel nunca tivesse existido. Ninguém sabe dele, não há qualquer sinal de sua passagem. Algumas crianças brincam com brinquedos supostamente trazidos por ele, mas já pensam no que querem ganhar no próximo Natal. Tudo é de uma brevidade tamanha a ponto de transformar o Natal e seus feitos em itens completamente descartáveis.

E para aqueles que não tiveram seus pedidos atendidos, suas cartinhas correspondias? Será que ainda dá para acreditar em papai-noel e ser um bom menino? A mágica do Natal vai dando espaço aos traumas de uma vida cada vez mais concreta. Janeiro caminha como um mês de recesso, de ressaca, de virar a página e seguir em frente.

Não há velho algum andando com gorro, botas e roupa vermelha pelo calor do verão. Não há sinais de renas puxando um treno no céu. Não há sinos tocando, chamando, cantando lá fora. Não há famílias esperando dar meia-noite para poder cear. Não há qualquer encenação do nascimento de um novo rei. Não há ninguém entoando noite feliz.

Ainda é janeiro e viver, reviver e até mesmo falar de Natal se tornou démodé.


Comentários

Nenhum comentário.


Escreva um comentário

Participe de um diálogo comigo e com outros leitores. Não faça comentários que não tenham relação com este texto ou que contenha conteúdo calunioso, difamatório, injurioso, racista, de incitação à violência ou a qualquer ilegalidade. Eu me resguardo no direito de remover comentários que não respeitem isto.
Agradeço sua participação e colaboração.

voltar