14/06/2012 - Sobre o arrependimento
A vida é curta demais para ficarmos nos arrependendo. De nada contribui para a nossa felicidade nos prendermos a uma lista de arrependimentos. Remoer acontecimentos ou sentimentos não nos leva a lugar algum. O arrependimento, por si só, é tóxico, faz mal ao nosso corpo físico e ao nosso espírito. Precisamos tocar a vida como o boiadeiro toca sua boiada, sempre em frente. Devemos ter a sabedoria de deixar nossos erros cometidos por atos ou omissões pelo caminho. Precisamos nos desprender das nossas falhas, das nossas faltas, das nossas imperfeições para que possamos nos entregar, por completo, à felicidade. O arrependimento nos subtrai, nos desgarra, nos aborta de nós mesmos. Não há nada mais inútil do que tentar mudar o passado.
O arrependimento é um falso aprendizado, pois é fonte de tristeza e apego. E precisamos praticar a alegria e o desapego. O arrependimento é um fardo quando precisamos de leveza. Como vamos conseguir alçar voo carregando baús de arrependimentos. Arrependimento deve ser como resfriado, que dá e passa em pouco tempo. Há quem morra abraçado com um ou mais arrependimentos sem ter aprendido nada com ele ou com eles. Arrependimento causa vício e uma série de efeitos colaterais, como cegueira em relação ao presente ou ao futuro. O arrependimento deve ser rapidamente transformado em mola propulsora para que continuemos seguindo em frente. Viver de arrependimento é sangrar pela vida afora, negando a própria caminhada.
Por maior o arrependimento, nós não podemos negar os passos dados. Porque somos os nossos passos. Somos a somatória dos nossos passos certos e errados.
Comentários
Nenhum comentário.
Escreva um comentário
Participe de um diálogo comigo e com outros leitores. Não faça comentários que não tenham relação com este texto ou que contenha conteúdo calunioso, difamatório, injurioso, racista, de incitação à violência ou a qualquer ilegalidade. Eu me resguardo no direito de remover comentários que não respeitem isto.
Agradeço sua participação e colaboração.