Daniel Campos

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16/10/2009 - Só sei que tudo sei

Eu sei que te amo, que te valho e proclamo como minha eterna namorada. Perna por perna, sigo-te como estrada e caio em teus braços, como se fosse um poço sem fundo. É o meu mundo, o primeiro e o último segundo do meu tempo. Por isso, sei que te amo a todo o momento num vai e vem de sentimento que me vira a cabeça entre o alívio e a doença desse amor sem cura: ao mesmo tempo que sangra, sutura. Eu sei que te amo e que amor assim querubim nenhum segura.

Eu sei que te amo, que te valho e proclamo como mulher amada, minha luz e cruz. Em ti eu me ilumino. A ti eu me prego. Mimo-te e me apego aos teus mimos. É o meu vôo cego e meu arrimo. Eu sei que te amo e por isso me privo do meu eu, sendo única e exclusivamente seu. Seu marido, seu poeta, seu anjo caído, sua fantasia secreta. Eu sei que te amo e por isso te chamo noite e dia, de forma ininterrupta e desejável, como doce hemorragia.

Eu sei que te amo e, assim, sonho e me dano ao longo do teu coração, vivendo-te intensa e brevemente numa canção de piano. Eu sei que te amo e, por isso faço vários planos. Planos conjuntos sobre diversos assuntos. Eu sei que te amo e sinto muito. Eu sei que te amo e vou te amar pelos dias afora como quem ora, como quem chora, como quem adora o deus dos ateus num amor que contraria Sócrates, só sei que tudo sei...


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