Daniel Campos

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29/09/2013 - Seu Antônio Catireiro

Seu Antônio Catireiro chega batendo as mãos e os pés. E é nessa batida que ele se comunica, conversa e versa. Seu Antônio Catireiro conta causos de fé, de bicho e de mulher. Sapateando pra lá e pra cá, com seu cateretê seu Antônio só falta fazer chover.

Seu Antônio Catireiro já foi carreiro, roceiro, relojoeiro e taxista, mas foi na batida da catira que ele virou artista de janeiro a janeiro. É nessa batida que ele chega pra mor de cuidar, de encantar, de festejar... Sinônimo de alegria, seu Antônio Catireiro vem na cantoria.

Seu Antônio Catireiro vem acompanhado de violeiro e de outros dançadores. Chega semeando moda na batida dos lavradores. Seu Antônio Catireiro vem trazendo um tacho de rasqueado, fazendo escova, bate-pé, bate-mão e pulando com gingado serra abaixo.

Seu Antônio Catireiro aparece sempre de roupa caipira fazendo o vira, numa batida que é sentida do começo ao fim do estradão. Faz meia-volta, canta o levante e faz o recortado se despedindo como que seguisse tocando gado rancho afora enquanto saudade chora.


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