22/08/2014 - Sequência
Eu sigo escantaeado. Eu vou sendo deixado de lado. Fizeram-me marginalizado. Estou fora do jogo. Estou expulso do sonho que sonhei pra mim. Prenderam-me a uma realidade infeliz. Fizeram-me perdedor. E eu nem posso tomar um porre. Não tenho o direito de colocar o pé no mundo. Quem me socorre me pede para continuar. E eu sigo mesmo com meu coração violentado. Eu vou sendo talvez pelos amores do passado castigado. Eu tento entender a mulher e me desentendo. Eu caminho e não aprendo. Quem quer escutar um louco? Quem quer ler um amor que não deu certo? Quem quer encher os olhos da tristeza alheia? Eu sigo e a vida me escamoteia. Eu vou sendo, dia a dia, mais abandonado. Fizeram-me poeta marginal da lua cheia. Uma espécie de assombração do amor que assusta e não é bem vinda em destino algum. E quando ainda aparece uma princesa para quebrar essa maldição, o chicote estrala num não e tudo dá errado. Eu sigo negado. Prossigo renegado.
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