Daniel Campos

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16/05/2015 - Senta a minha mesa

Senta a minha mesa. Coma da minha comida. Entre jarros e copos, chora sua dor. Com os talheres vá destrinchando a sua vida. Pode falar. Não há necessidade de cerimônia. Eu como rápido, mas prometo degustar com parcimônia cada uma das suas palavras. Beba da minha água fresca ou ardente, como preferir. Se for necessário pode cuspir seus marimbondos. Nada de vir com meias palavras, meias verdades, meias culpas. Tudo há de ser dito como se não houvesse depois. Somos agora. Pode, deve, precisa trazer o passado à mesa, mas esqueça do futuro. Fala independente das consequências. Não vamos sair da mesa enquanto a última migalha não for engolida.


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