27/02/2013 - Senitudes
Sem rumo, sem passo, sem prumo. Sem nada, sem tudo. Sem abraço, sem esculacho, sem acima ou abaixo. Sem estrada, sem som, sem parada. Sem veludo, sem agenda, sem fundo. Sem prenda, sem mundo, sem renda. Sem preço, sem merenda, sem tenda. Sem endereço, sem venda, sem direção. Sem apreço, sem lenda, sem sim ou não. Sem jardim, sem canção, sem camarim. Sem tela, sem novela, sem tramela. Sem solidão, sem fim, sem essa ou aquela...
Sem folha, sem vinho, sem escolha. Sem caminho, sem sorriso, sem juízo. Sem luz, sem ser preciso, sem cruz. Sem ninho, sem friso, sem brilho. Sem trilho, sem moradia, sem fantasia. Sem dança, sem volta, sem esperança. Sem nota, sem alegria, sem rio. Sem mio, sem nostalgia, sem vazio. Sem rota, sem plurais, sem casais. Sem ar, sem gostar, sem falar. Sem dinheiro, sem praia, sem coqueiro. Sem cheiro, sem saia, sem estar inteiro. Sem adeus, sem deus, sem ateus...
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