05/09/2015 - Sem vendas
Hoje acordei com um vazio dentro e fora e fora e dentro de mim como se o tudo fosse nada e as faltas fossem deveras notadas. Nada se pôs a encaixar. Ninguém parecia amar como eu amei. E tudo ficava fora do lugar. O meu mundo havia sucumbido a um desses buracos negros espaciais que levam o que temos sem deixar nada para trás. Por todos os lados eu via a dona do meu coração, mas não conseguia tocá-la como se ela fosse poeira, fruta madura da árvore chamada ilusão. Hoje acordei com um vazio como rio sem água, como estrela sem luz, como alicate sem fio, como porto sem navio, como cruz sem Jesus. E eu tentei fechar os olhos e dizer para mim mesmo que estava tudo bem. Mas o amor, quando é amor, vendas não tem.
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