Daniel Campos

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08/09/2016 - Seja tudo o que meus passos quiserem

Eu sigo em frente porque eu quero o que ainda não sou. Eu continuo porque, quando parado, já me perdi daqueles que passaram por mim. Eu não tenho medo do que virá, mas pânico daquilo que ainda me deixará. O desapego é mais do que uma teoria, é uma necessidade. Não quero levar nada do que não me pertence. Porém, o desafio é esse, o que, de fato, faz parte de mim, veio para mim, dará frutos em mim. Não sei! Só vivendo. E viver, machuca. E quem fica parado não vive. Então, entre a dor de seguir em frente e a certeza de que não serei nada ficando aqui, parado, no meio do que já perdeu a validade, eu continuo. Firmo meus passos e avanço. Tropeço, canso, entorno... mas continuo rumo ao que um dia ainda me dará prumo. Porque o passado me enverga, o hoje me desalinha e o desconhecido me faz igual a qualquer um. No amanhã, os pratos da balança do que serei e do que poderia ter sido tem os mesmos pesos porque tudo depende do meu agora. E não devo ter medo de desequilibrar esses pratos, porque é no desequilíbrio que a vida acontece. Então, sigo em frente e que seja tudo o que meus passos quiserem.


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