Daniel Campos

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20/08/2011 - Seguidor

Vou lhe seguir pelas crateras da lua, pelos raios do sol até que nossos corpos se confundam num último eclipse. Vou lhe seguir pelas curvas de nível, pelo desnível das emoções, pelas variações da elipse. Vou lhe seguir quando isto for possível e impossível também, vou lhe se seguir pecando e dizendo amém até a fonte do apocalipse.

Vou lhe seguir pelas ramas da sua tatuagem, pelas tramas da sua imagem, pelas damas da sua linhagem até que ríamos da nossa própria bobagem. Vou lhe seguir pelos volteios, pelos clareios, pelos centeios de uma mesma e insensata paisagem. Vou lhe seguir pelas tempestades, de água, vento e saudades, até encontrar-me na sua aragem.

Vou lhe seguir pela criação do mundo, pela procriação do sonho mais fecundo, numa permanente fantasia. Vou lhe seguir pelos segredos da sua composição, pelos arvoredos da nossa canção, pelos medos das criaturas da escuridão mais sombria. Vou lhe seguir tendo o seu perfume, o seu ardume, o seu ciúme e o seu estrume como guia.


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