27/01/2013 - Se eu fosse, seria...
Se eu fosse presidente do país, aboliria o trabalho às segundas-feiras. Se eu fosse papa, casaria padres e freiras em grandes casamentos coletivos. Se eu fosse deus, estenderia o dia por mais algumas horas e acabaria com as muriçocas. Se eu fosse violeiro, prenderia a tristeza do mundo nas cordas da minha viola. Se eu fosse delegado, daria voz de prisão a todo e qualquer tipo de solidão. Se eu fosse piloto de avião, colecionaria nuvens. Se eu fosse a dona morte, tiraria férias por tempo indeterminado. Se eu fosse dor, doer-me-ia nos corações apaixonados.
Se eu fosse o senhor tempo, subverteria a ordem dos ponteiros. Se eu fosse o demônio, casar-me-ia com uma anja. Se eu fosse cantor, levaria o palco para a casa. Se eu fosse turista, visitaria o que há de mais íntimo. Se eu fosse chuva, faria questão de cair na boca da criatura amada. Se eu fosse um livro, não teria fim. Se eu fosse herói, morreria com gosto. Se eu fosse criança, não cresceria jamais. Se eu fosse detetive, seguiria as pistas dos amores perdidos. Se eu fosse vento, rodaria em cata-ventos. Se eu fosse poeta, seria tudo isso e muito mais.
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