10/07/2015 - Saudade encolhida
Nunca mais tive seus beijos nem sua boca a me dizer nada. Seus abraços abraçam outros braços. Suas pernas, como estão? Pra onde vão? Que caminhos são? Seus pés fazem novos passos. E entre acertos e erros, você afunda nos aterros da minha imaginação que abunda pela oitava paixão. Quando é que você volta? E quando me encontrar não solta? Sua ausência me provoca. Sua falta me sufoca. Sua saudade me toca e me invoca junto à sombra da sua silhueta desbotada em minha cama, em meu corpo, em meu dia a dia. Quantos copos de amanhã preciso para lhe esquecer? Quantas poesias terçãs são precisas para lhe trazer ao meu querer? Nunca mais senti seu perfume, mas ainda tenho ciúme da metade que é minha e vaga sozinha atendendo pelo seu nome. Tenho fome da minha vida que é sua, minha vida amada e nua.
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