12/12/2010 - Renda-se ao Natal
Franceses enfeitam a catedral de Strasbourg com luzes coloridas. Japoneses caminham entre a iluminação natalina do Shinjuku. Ingleses quebram o frio com as luzes da rua Oxford, no centro da capital inglesa. Os alemães compram decoração para suas árvores no mercado de Nuremberg, na Baviera. Chilenos suspiram diante da árvore instalada no centro de Santiago. Russos compram mel, grãos e frutas para a ceia. Italianos montam presépios gigantes em Gênova.
Argentinos já planejam o Natal com muito vinho, fogos de artifício e espumante. Os reis magos caminham trazendo os presentes das crianças. Norte-americanos passam cobiçando as vitrines das lojas da Quinta Avenida. Irlandeses desejam “Feliz Natal” em Dublin. O Papai Noel dinamarquês aparece nos jardins de Tivoli, o parque de diversões mais antigo da Europa, em Copenhague. Cariocas se amam tendo a árvore da Lagoa Rodrigo de Freitas como cenário.
O Natal vai se espalhando como um vírus, com tendências românticas, familiares, comerciais; espirituais e carnais... Um vírus mundial, cíclico, com potencial e histórico de epidemia. Há quem já se contamine pelo espírito natalino e quem resista um pouco mais. Mas, até dia 25, todos estarão, em maior ou menor escala, contaminados por esse vírus que age diretamente no sistema emocional de todo e qualquer indivíduo.
Há quem fique leve, feliz, poético e há quem fique triste, calado, mal-humorado. O fato é que ninguém fica indiferente ao Natal. O efeito desse vírus pode ser rápido ou prolongado, porém é intenso em todos os casos. Um vírus que rende todo e qualquer tipo de anticorpo e supera as mais embrenhadas barreiras psicológicas. Enfeites, comidas, roupas, gestos... O Natal está chegando de todas as formas e por todos os meios. Não há escapatória.
O melhor a fazer é se render o quanto antes.
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