Daniel Campos

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12/09/2011 - Quando ela, eu...

Quando acordou, eu não vi. Quando calou, eu sorri. Quando chorou, eu tava aqui. Quando falou, não ouvi. Quando passou, bem-te-vi. Quando escapou, eu caí. Quando amou, eu vivi. Quando se entregou, não fugi. Quando precisou, eu lhe assumi. Quando negou, me abati. Quando fechou, eu abri. Quando assoviou, fui prali. Quando voou, voou colibri. Quando pecou, eu encobri. Quando provocou, frenesi. Quando multiplicou, dividi. Quando secou, flori. Quando chamou, lati. Quando recuou, eu rompi. Quando foi sol, fui jaci. Quando se perfumou, patchuli. Quando avançou, peraí. Quando amaldiçoou, benzi. Quando ensinou, desaprendi. Quando beijou, mordi. Quando soprou, ardi. Quando me achou, me perdi. Quando chegou, me despedi.

Quando escondeu, eu descobri. Quando nasceu, sobrevivi. Quando morreu, revivi. Quando esqueceu, e daí? Quando mereceu, aplaudi. Quando cresceu, cresci. Quando sofreu, eu acudi. Quando entardeceu, anoiteci. Quando se valeu, proibi. Quando enlouqueceu, seduzi. Quando escorreu, lhe absorvi. Quando convenceu, eu menti. Quando agradeceu, reluzi. Quando doeu, lambi. Quando prometeu, eu tremi. Quando ofereceu, me atrevi. Quando colheu, moí. Quando preencheu, enchi. Quando escreveu, eu não li. Quando mexeu, eu buli. Quando reascendeu, mudei de ori. Quando rendeu, subtraí. Quando perdeu, esmoreci. Quando obedeceu, me ofendi. Quando bebeu, comi. Quando aconteceu, eu sumi. Quando me envolveu, me trai.


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