Daniel Campos

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13/06/2011 - Pós-dia dos namorados

Onde, onde estão os namorados de ontem? Será que ainda se beijam? Será que as palavras dos cartões de amor continuam válidas? Será que as juras não foram juradas em vão? Onde, pelo amor de São Valentim, onde estão os namorados de ontem? Será que festejam o amor amanhecido, que resistem ao tempo e ao espaço das coisas. Será que o amor bandido finalmente virou amor herói. Será que o amor doente já se curou? Será que o amor proibido enfim se libertou?

Ontem os namorados estavam felizes, trocando presentes e votos de felicidade, mas e hoje? Como estão? Para onde vão? Quem são? Será que as flores brotaram ou murcharam? Será que as alianças seguem nos dedos ou já estão nas gavetas? Será que o gosto que ficou dos bombons foi doce ou amargo? Será que as peças de roupa foram vestidas de pronto, guardadas ou rasgadas? Será que os sapatos saíram para dançar ou foram chutados para debaixo da cama?

Depois de tantas juras e declarações, meu São Valentim, será que hoje há namorados na praça, namoricos à luz da lua, namoros no portão. Como ficaram os corações? Será que todos ainda cantam a mesma canção lírica? Será que começam de novo ou fazem da paixão uma experiência empírica? Será que os namorados andam de colo em colo, de suspiro em suspiro, de carícia em carícia ou será que tudo não passou de uma delícia fugaz?


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