06/11/2015 - Pedaladas
De bicicleta ela pelada pelas ruas sem medo, sem grades, sem regras demais. Avança sinais, sobe em calçadas, corta jardins, faz suas próprias estradas. Passa por senhoras, por bandidos, por crianças, por padres fazendo seu ritmo. Não sabe quantos aros tem suas rodas nem tampouco quantas voltas já deu, mas sabe que se chamasse Julieta já teria o seu Romeu também vindo de bicicleta. Não gosta de poesia nem de poeta. É mais do rock e se amarra no croc-croc da mudança de marcha. Acha que tudo é matemática, física, química, vida exata. Porém, no selim da bicicleta faz festa e joga tudo pro ar. São novos teoremas e não importam mais os velhos dilemas. Apaixonar-se? Casar-se? Pra que? Com dois, por mais que seja por vezes divertido, fica mais difícil se equilibrar na bicicleta. E esperta como só não quer seguir a passeio, pedala e mostra a que veio.
Comentários
Adorei lindo lindo
Visualizei a cena. Cinematográfico. Parabéns
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