10/02/2011 - O reino de Anúbis
O clima de revolta e guerra instalado no Egito só pode significar uma coisa: Anúbis, o deus dos mortos e do submundo, prepara sua volta em grande estilo. Deve estar usando Seth, seu pai e deus da desordem e da violência, para resgatar o trono que um dia lhe pertenceu. Portanto, não estranhe se múmias levantarem das tumbas e frustrarem tanto os projetos dos capitalistas quanto os dos muçulmanos para a região.
Os chacais de Anúbis estão soltos. Homens estão sendo usados pelo guia dos mortos para levar o Egito aos seus tempos áureos, do grande Nilo. Sacerdotes estão reunidos nos antigos templos alimentando o espírito de guerra. Faraós se armam e marcham inspirados pela beleza de Cleópatra. Rá, o principal deus da religião egípcia, está preso nos confins de alguma das pirâmides remanescentes.
Ao redor de Anúbis, reinam o silêncio, as trevas e o caos infinito. A disputa por poder político e por território encobrirá perfeitamente os interesses do deus das sombras. E a descrença da humanidade, que não acredita no politeísmo e nas forças da natureza, será a principal razão de sua queda. Entre pancadarias, articulações políticas e ameaça de uma terceira grande guerra não se vê brotar nenhuma flor de lótus.
Pudera, Bastet, a deusa da fertilidade, tornou-se amante de Anúbis dando início assim a uma era que será marcada pelo nascimento da morte e dos mortos.
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