18/06/2016 - O que vai ser já é
Há trovões ensurdecendo meus ouvidos, um mais estrondoso que o outro. Há raios por toda parte, alguns me ferem os olhos e outros o meu pior medo. Ventos assoviam querendo levar tudo o que encontram pela frente – e eu vou segurando os meus pedaços. Às vezes a dor das pedras, do granizo que desabada quando menos se espera, beira o insuportável. O tempo fechado assusta como se não tivesse fim. Falando em fim, o cenário é de fim do mundo. Sonhos, esperanças, desejos correndo de um lado para o outro dentro de mim tentando fugir do pior, se proteger, sobreviver. O tom é de ameaça, de devastação, de destruição. Vento, ventania, tornado, furação, tsunami, terremoto. Seja o que for vem tudo de uma vez e com muita intensidade. Porém, a verdade é que toda tempestade, por pior que seja, passa. E eu sigo o coração, mesmo quando ele me manda ficar no meio do temporal. Se meu coração diz que o tempo vai abrir e que tudo se encaixará como peças de um quebra-cabeça eu não arredo pé. O que vai ser já é.
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O que vai ser já é
Sábias palavras!
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