Daniel Campos

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05/01/2013 - O que e quem nos espera?

Para onde vamos? O que nos espera? Quem nos espera ao fim da estrada? São tantas perguntas, hipóteses, possibilidades. Somos o labirinto no labirinto. Será que eu me minto? Será que eu sinto ou finjo sentir? Para onde ir? O que comer? O que dizer? O que vestir? Somos obrigados a tomar decisões a todo o momento sobre o que desconhecemos. Somos um turbilhão de sentimentos e pensamentos se misturando, se separando, se cruzando, se amando, se odiando, se transformando...

Somos o produto das nossas escolhas. Para onde vamos? Será que andamos em linha reta, para o lado, pra trás, em círculos? Nossos passos são nossos? O nosso livre arbítrio é livre? Será que nossos olhos estão abertos ou fechados para outros olhos? O que realmente fica para sempre em nós, fora de nós, independente de nós? Será que tudo não passa de um imbróglio? Quem nos espera? A morte, a vida, a pessoa amada, nossos erros, nossos acertos ou nós mesmos?

E como nos espera quem nos espera ao fim de tudo? Espera-nos com outro mundo nas mãos? Espera-nos com um drinque de paixão, de ilusão, de solidão? Espera-nos com um abraço, com um beijo, com um verbo conjugado no tempo mais que perfeito? Espera-nos com asas ou nudez? Espera-nos com as mudanças esperadas ou necessárias? Espera-nos de forma desigual ou paritária? Espera-nos numa cantiga conhecida ou quiçá inédita? Espera-nos com alforrias ou algemas? Espera-nos com a parte ou o todo que sempre sonhamos?


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