Daniel Campos

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19/12/2008 - O que é o amor

Já que o amor nasce do livre-arbítrio, ser amante é uma questão de liberdade e escolha. Ou você ama ou odeia. Nunca fique no meio termo, para o seu próprio bem. Amar não é uma coisa morna, mais ou menos, vivida pela metade. Amar é a entrega por inteiro, a busca constante do infinito e o viver da forma mais intensa possível. Por isso, antes de crer no amor, é preciso compreendê-lo. O que é o amor? É algo que versa sobre a existência e a eternidade da alma e de seus caminhos. O amor transforma quem ama para que o ser amante ou amado transforme o mundo. Há toda uma ação e uma reação, uma causa e uma conseqüência, um impulso e uma cadeia de acontecimentos por detrás do ato de amar.

Pela doutrina amorosa, que está contida na obra dos poetas, o amor é formado por algo sobrenatural, algo que beira o divino. Não há nada mais sublime que o amor, nem o próprio deus. Deste modo, o amor não tem uma linguagem, uma forma, um sentido definido. Amor é tão concreto e tão abstrato quão o rei do universo. Mas como vou crer e me entregar a algo que não vejo? De fato, o amor não é passível de ser visto, não a olho nu. Mas é possível senti-lo por completo perto ou longe da coisa amada. Ao amar nos adoramos e ao adorar, nos queremos, e ao querer, nos completamos, e ao completar, concebemos sentido para a nossa existência.

Vivemos para amar. E o amor é sempre progressivo. Não há como amar menos. Se isso ocorrer, pode estar certo de que não há mais amor. A finalidade do amor não é o gozo, por si só, mas toda a entrega que há nessa história. O romance é, em síntese, a narrativa da entrega. O amor está acima dos dogmas, aberto a todas as filosofias e crenças. O amor não pertence a uma corrente, a uma seita, a um partido ou a um povo, é como o vento, que sopra em todas as direções sem se prender à pátria, modelos ou celas. O amor é um sentimento único e universal, que não muda as regras da vida, mas nos dá coragem para compreendê-las, enfrentá-las e, quiçá, superá-las.


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