Daniel Campos

Imprimir Enviar para amigo
18/11/2012 - O "quê" de cada um

De que valeria viver sem deixar pistas, vestígios, sinais? Não se esqueça de deixar rastros. Um perfume, uma lembrança, um sentimento. Deixe sempre algo de seu em alguém. Há infinitas formas de deixar saudade, escolha a sua. Por mais anônimo que seja, alguma coisa em você o faz conhecido, o difere, o faz ser identificado. Por mais invisível que seja, a sua marca pessoal existe. Há algo para além do sangue, para além dos genes, para além dos pensamentos que imprime um “quê” especial em cada um. É isso o que fica. É isso o que o tempo não destrói. É isso o que a morte não carrega consigo. Resta a você, portanto, fazer valer esse “quê”.

Seus passos, por mais que se misturem aos outros passos da estrada, serão sempre seus passos, indicando seu caminho, suas idas e vindas. Sua voz, por mais que se esconda em um imenso coro, será encontrada com facilidade pelos ouvidos que lhe queiram bem. Sua boca, por mais que seja só uma dentre centenas de milhões de bocas, arderá no beijo de outra boca. Seus olhares, por maior a distância e por pior o labirinto, chegaram ao destino. Seu desejo, por mais emaranhado que esteja nas teias do desejo humano, não desejará em vão. O trem da sua vida quando menos esperar alcançará sua estação.


Comentários

Nenhum comentário.


Escreva um comentário

Participe de um diálogo comigo e com outros leitores. Não faça comentários que não tenham relação com este texto ou que contenha conteúdo calunioso, difamatório, injurioso, racista, de incitação à violência ou a qualquer ilegalidade. Eu me resguardo no direito de remover comentários que não respeitem isto.
Agradeço sua participação e colaboração.

voltar