Daniel Campos

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27/01/2012 - O despertar

Alguém me acorde pelo amor de deus. Algo muito grave está por acontecer e eu preciso ver. Eu não sei o que é, mas sei que tenho que estar lá. É melhor eu ir do que ficar aqui nesse sono profundo que me deixa inerte, preso a essa cama e a um mundo que não governo. Preciso despertar dessa maresia onde sonhos e pesadelos vão e vem em feitio de ondas. Tenho de lavar o rosto, calçar os sapatos, pegar meus óculos e partir para o destino que me destina.

Eu tenho que ir. Tenho medo, mas tenho que ir. E além do mais eu não tenho escolha. É questão de sina. Ou eu vou ou ela me assassina. Também não posso ficar mergulhado no meu inconsciente. São tantos fantasmas pessoais e de terceiros. Não há como fugir. Tenho que partir. Partir ao meio. É um trajeto tão desconhecido, mas tão comum e diário que eu sei décor. Não preciso de guias ou de mapas. Eu me levo e se precisar eu me carrego.

Alguém em acorde, por favor. Longe de querer ser pretensioso, mas precisam de mim. Eu sou uma espécie de sétima cavalaria. E heróis não dormem, ao menos, não dormem demais. Por isso é necessário sair das quatro paredes e ganhar as ruas. É ao fim de alguma rua que me esperam. Não é um dia ou uma noite ou uma madrugada de brincadeiras. Perdi as horas e o espaço estando fora de mim. É preciso voltar, é preciso acordar, é preciso ver e saber e viver...


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