22/02/2008 - O blábláblá da CPMF
No final do ano passado, o debate sobre a CPMF triturou nossos cérebros. Hoje, podemos constatar que aqueles discursos inflamados de que a população não podia mais ser prejudicada em nome da arrecadação do governo não passavam de blábláblá. A oposição derrubou a contribuição provisória, mas e daí? Nada melhorou em nossos bolsos. Aliás, já tem gente sentindo saudade da CPMF.
Não é para menos. Ao contrário de ficarem mais baratos, os produtos subiram de preço. E não sou eu quem escreve isso só para polemizar. Já há um estudo da Fundação Getúlio Vargas qie comprova que até agora os consumidores não viram nenhum benefício com o fim da taxação. O preço do automóvel devia cair 1,69 por cento (que era o valor da CPMF), mas acelerou 0,26 por cento. No café, o peso da CPMF era o mais alto, correspondendo a 2,25 por cento. Ao contrário de ficar mais barato, subiu 0,16 por cento. Nas farmácias, onde a CPMF pesava 1,49 por cento, os remédios aumentaram 0,15 por cento.
O governo deu um jeitinho de fazer um pacto com a inflação. Caso contrário, quem iria sustentar aqueles cartões corporativos que permitem, por exemplo, diárias no luxuoso Copacabana Palace, comprar lixeiras de quase mil reais e óculos Dolce Gabbana, Gucci e outras marcas famosas numa barraca de camelô. Alto, médio e baixo escalão fazem a festa com nosso suado dinheirinho.
O fim da CPMF serviu para concentrar mais renda, pois engordou a margem de lucro dos empresários. Capitalista de nascença, o governo Lula não passa de uma empresa mal administrada. Aliás, empresário por empresário, sou mais José Alencar.
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