Daniel Campos

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05/04/2010 - O amor quando chega

O amor quando chega, aconchega a coisa amada. Das entranhas do sexo às águas do oceano pacífico, tudo muda de temperatura. E o hospício do coração declara aberta a temporada da loucura. E o poeta, suspirando na rua, exclama: bendita seja a formosura deste sentimento que se espalha com o vento. O amor deve ser visto como um rebento digno de graças e bênçãos. Desde já, que Deus abençoe o amor recém-nascido entre nós. Que os magos lhe presenteiem com sorrisos, gemidos e lençóis.


O amor quando chega, aprochega as pessoas distantes por natureza. A sua chegada, tudo, desde a mais explícita feiúra, passa a fazer parte da conjuntura da beleza. Da beleza eterna, fraterna até mesmo com os pecados capitais. Da gula à luxúria, quantos os predadores do amor recém-chegado? Desmiolado, desajuizado, desamparado, condenado ao passado, quantos adjetivos tentam desqualificar o amor que veio ao mundo neste segundo. Calem-se todos! Que o amor do novo tempo seja fecundo.


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