29/07/2012 - O agora
É preciso gostar do momento presente como se ele fosse o único e o último. De fato, o é. Portanto, sem mais desculpas, esqueça, de uma só vez, passado e futuro. O ontem já foi e o amanhã não lhe levará a lugar algum, ao mesmo, hoje. Concentre-se, a partir de agora, no agora. O agora é o tempo mais difícil e o mais bonito. É o tempo bruto que precisa ser trabalhado com cuidado, mas com toda urgência. Se deixar o agora para depois, ele perderá qualquer validade e valor. Não deixe de viver por medo da dor. Pois a dor é a prova da existência, é a penitência de se colocar em prática o desejo de viver, de amar, de arriscar, enfim, de ser e de se assumir como agora. E tudo isso, se é que me permite, sem demora.
Viva, e viva intensamente o agora, encarando-o como o sonho que sempre quis, como o possível e o impossível de ser vivido, como uma oferta do senhor do tempo e, ao mesmo tempo, uma conquista própria. Seja imediatista porque não dá para ficar adiando a felicidade. O amor é uma faísca, um grito, um arroubo, um choque, um já. Sim, já é o amor. Sendo assim, não economize energia ou planeje muito, se vista de hoje e abrace o agora. Não seja ausente na criação do tempo que lhe pede colo e prazer. O tempo chora pela falta do seu passo, da sua boca, da sua presença. O agora é sua marca de nascença. Nada de vergonha ou pudor. Ah, se entregue ao agora pleno com todo furor, fazendo dele a sua crença.
Comentários
Nenhum comentário.
Escreva um comentário
Participe de um diálogo comigo e com outros leitores. Não faça comentários que não tenham relação com este texto ou que contenha conteúdo calunioso, difamatório, injurioso, racista, de incitação à violência ou a qualquer ilegalidade. Eu me resguardo no direito de remover comentários que não respeitem isto.
Agradeço sua participação e colaboração.