Daniel Campos

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03/11/2010 - No mesmo amor

Desde que o mundo é mundo é assim, o amor se perde e se acha, o amor se quebra e se cola, o amor sorri e chora, o amor fica e passa, o amor afirma e nega, o amor cega e enxerga, o amor nasce e renasce, o amor dói e se dói, o amor caminha e descaminha, o amor amarra e desamarra, o amor enfeitiça e encanta, o amor atrai e espanta, o amor silencia e canta, o amor cai e levanta, o amor planta e colhe, o amor tolhe e acolhe no mesmo amor desde que o mundo é mundo.

Desde que o mundo é mundo é assim, o amor galga e cavalga, o amor adoece e cresce, o amor avacalha e ralha, o amor enobrece e empobrece, o amor caminha e aninha, o amor beija e deseja, o amor teme e treme, o amor enguiça e reboliça, o amor machuca e cura, o amor suporta e segura, o amor importa e bate à porta, o amor desaparece e se esquece, o amor noticia e extasia, o amor torna e entorna, o amor rompe e corrompe, o amor acode e explode no mesmo amor desde que o mundo é mundo.

Desde que o mundo é mundo é assim, o amor liga e desliga, o amor escreve e atreve, o amor pisa e indeniza, o amor responde e corresponde, o amor sedimenta e agüenta, o amor semeia e saboreia, o amor voa e abençoa, o amor prega e carrega, o amor oferece e floresce, o amor escurece e clareia, o amor tece e vagueia, o amor venta e apoquenta, o amor espedaça e traça, o amor cede e recebe, o amor tira e fecha, o amor mira e flecha no mesmo amor desde que o mundo é mundo.


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