Daniel Campos

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20/03/2013 - Muda e ilumina

Iansã, manda seus ventos para mudar tudo o que há para ser mudado. Tem que mudar a hora, tem que mudar o lugar, tem que mudar a rotina, tem que mudar presente, passado e futuro. Iansã, tem que mudar o rumo e o prumo das coisas de modo que tudo se encontre no desencontro que existe lá fora. Tem que mudar o que se ri e o que chora. Sem demora, Iansã, tem que mudar o destino do menino e da menina. Tem que mudar a intenção, a canção, o coração. Tem que mudar o trem de estação.

Muda, Iansã, muda.

Iansã, manda seus raios para iluminar tudo o que há para ser iluminado. Tem que iluminar a cabeça dessa multidão que anda trocando sim pelo não. Tem que iluminar a escuridão que ronda os sentimentos mais profundos. Iansã, tem que iluminar a lua, a fogueira, o vaga-lume, o mar do pescador. Tem que iluminar os olhos da mulher que seduz entre a guerra e o desejo. Tem que iluminar as conversas espessas e as preces dispersas. Tem que iluminar as sombras da alma que vaga no escuro.

Ilumina, Iansã, ilumina.


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