Daniel Campos

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11/03/2013 - Morre, mas...

Morre, mas morre com elegância. Morre, mas morre de uma forma bem morrida. Morre, mas morre de um jeito único. Morre, mas morre sem volta. Morre, mas morre com a certeza de dever cumprido. Morre, mas morre chamando por seus deuses e ancestrais. Morre, mas morre preparado para o inferno, para o purgatório, para o paraíso. Morre, mas morre sabendo que o umbral é logo ali. Morre, mas morre sem se deixar abater. Morre, mas morre como uma estrela.

Morre, mas morre sem perder a dignidade. Morre, mas morre deixando saudade. Morre, mas morre num beijo. Morre, mas morre mantendo vivo seus poemas. Morre, mas morre sem dizer ou fazer nada que desabone sua história. Morre, mas morre sem mendigar por mais vida. Morre, mas morre sem medo. Morre, mas morre se entregando. Morre, mas morre com fineza. Morre, mas morre cantando, dançando, amando. Morre, mas morre sem perder a beleza.


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