Daniel Campos

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16/12/2011 - Me diga

Me diga o que fazer daqui pra frente, me diga o que buscar nesse tempo ausente, me diga como quebrar essa corrente. Me diga como combater a saudade, me diga qual o caminho para a anti-realidade, me diga qual o segredo que habita a cidade. Me diga o que há por trás deste mundo, me diga como curar um coração moribundo, me diga como ir ainda mais fundo. Me diga como encontrar a palavra perdida, me diga como estancar a seiva dessa ferida, me diga como ultrapassar novamente a nossa medida.

Me diga uma forma de descobrir o ponto fraco do medo, me diga como ser para sempre cedo, me diga como encontrar uma árvore no meio de um arvoredo. Me diga como terminar o que não começou, me diga como ir sem dizer para onde vou, me diga como saber se o sonho que sonhei foi o mesmo sonho que sonhou. Me diga como correr sem olhar pra trás, me diga como me livrar do “mas”, me diga que eu ainda sou capaz. Me diga uma cantiga, me diga uma novidade antiga, me diga que nosso amor ta de barriga.


Comentários

17/12/2011, por Fernanda:

Caríssimo Daniel Campos, Comento aqui como poderia tê-lo feito noutro outro post qualquer seu, pois são todos fabulosos. Suponho que se lembrará de mim, a Portuguesa do Blog http://nacasadorau.wordpress.com que vai publicando textos seus já há algum tempo e sempre o creditando. Hoje vim cá expressamente para lhe agradecer profundamente todas estas pérolas com que presenteia todos os seus leitores e desejar-lhe um Feliz Natal, cheio de tudo o que mais deseja e seguramente merece. Bem haja. Permita-me um beijo. Fernanda ou ná.


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