Daniel Campos

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10/04/2016 - Mas nada de você

Na banca de revista, jornais, manchetes, gibis, chicletes, notícias, fotografias, mas nada de você. No quintal do florista, bromélias, azaleias, camélias, astromélias, mas nada de você. Sob as lonas do circo, equilibristas, malabaristas, artistas, palhaçadas, truques, gargalhadas, mas nada de você. Depois de pular sete ondas, banhistas, surfistas, escafandristas, estrelas do mar, transatlânticos, cânticos azuis, mas nada de você. Na livraria, romancistas, poesia, crônica, fantasia, sílabas tônicas, histórias de amor com final feliz ou não, mas nada de você. Pelos coqueirais, ciclistas, passistas, casais, namoros, sobra e falta de decoro, beijos e ensejos, mas nada de você. Pelos quatro cantos do meu quarto, lembranças benquistas, perfumes, ciúmes, ardumes, relevos e segredos, mas nada de você.


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