18/12/2013 - Mais e mais
Desesperadamente, queremos mais. Mais de fadas e cavaleiros. Mais, ainda mais encantamento e encantarias. Mais e mais encontros com o que sonhamos para nós. Mais, queremos mais estradas cruzadas, conquistas compartilhadas, mãos dadas. Queremos mais, mais, muito mais corações no mesmo ritmo. Mais bailarinas pelos palcos da nossa cabeça. Mais estrelas no céu da boca. Mais caçadores de lendas procurando no fundo dos nossos oceanos particulares a fonte da juventude. Mais e mais. Queremos mais. Viver mais, abraçar mais, sorrir mais, cantar mais, beijar mais... Queremos mais e mais porque não nos contentamos com pouco ou com muito.
Mais e mais. Queremos mais. Sempre mais. Mais amor. Mais beijo. Mais desejo, eis o nosso desejo. Mais e mais. Somos insaciáveis no quesito querer. Não nos contentamos. Eis a lógica humana de que podemos ter, ser, viver mais e mais. Mais tempo. Mais momentos. Mais quereres. Mais e mais vontades. Mais alegria da noite para o dia. Mais sonho, de preferência com mais recheio. Mais boca de algodão doce. Mais nuvem de batom. Mais voltas nos carrossel. Mais namoro, noivado, casamento... Mais e mais sentimento para pegar, doar, trocar. Queremos mais, a todo instante mais razão para seguir em frente. Queremos mais motivos para acreditar que teremos mais.
Vamos eternamente querer mais. Provar mais do mistério, da beleza, do contentamento. Queremos mais oportunidades para nos entregar à fragrância e ao gosto, de muito bom gosto, desse mundinho. Queremos mais asas, mais garras, mais dentes... Queremos mais olhares de néon iluminando nossas criaturas noturnas. Mais, muito mais barcos avançando pela névoa em direção a ilhas virgens e desertas. Queremos mais luas se deitando em flores. Mais e mais e mais espaço para ciranda, romantismo e rituais de felicidade. Mais, queremos mais dessa ausência de medo, dessa certeza de existir com propósito, de não se arrepender de tentar encontrar o sentido que nos faz apaixonados.
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