29/11/2011 - Longe deste mundo
Longe deste mundo há outro mundo mais profundo para se viver sem medo. Um mundo onde o amor não seja considerado um ato vagabundo, tampouco quem ame seja cacundo de suportar tanta dor. Um mundo bem mais fecundo de sonho e prazer, onde as alegrias brotem pelas frestas como ervas daninhas e onde a realização se prolifere como coelhos jacundos em véspera de Páscoa. Um mundo sem submundo.
Longe deste mundo existe outro mundo bem mais fundo para se jogar de corpo e coração. Um mundo onde o gostar não seja um pecado imundo, mas um verbo sagrado praticado por deuses e demônios com a mesma intensidade. Nesse outro mundo a solidão desaparece num nanossegundo como num truque de mágica. Ninguém de lá é iracundo e tudo lá é oriundo do bem-querer entre criador e criatura.
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