06/04/2015 - Licença poética
Eu quero ir além, de direito e de fato, sem mas nem porém. Cantar sem se importar se desafino, rompendo os padrões de certo e errado, de sim e não. Dançar movido pelas músicas da minha cabeça. Voar alto como os pássaros de marte. Quebrar o asfalto em busca da terra. Desfolhar como árvore parindo folhas novas de uma história aberta. Abrir porteiras, cancelas, portões, janelas e tudo o que pode impedir a passagem do vento que traz a mensagem do tempo. Sumir em meio a um amor sem quaisquer preocupações que não seja amar e amar e amar e ser amado. Ser pedra, pau, bicho, planta, água, nuvem, chama, chuva de uma só vez. Mais do que escrever, viver a poesia, com licença poética plena e irrestrita.
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