23/02/2013 - Liberte-se
Chega de escravidão, de submissão, de resignação. É hora de quebrar as correntes, de entortar os grilhões, de fugir as prisões reais e imaginárias. Basta de se curvar aos senhores de escravos, dos mansos aos bravos. Basta de ter seu destino traçado. Basta de viver feito pássaro engaiolado. Asas foram feitas para ser abertas. Liberdade foi feita para ser vivida e não mantida em cativeiro em constituições empoeiradas. A escravidão na vida, na religião, na rua, no trabalho, no coração, judia, castiga, chicoteia, esfola, mata...
A alma não pode ser aprisionada nem mesmo em um corpo, tampouco em uma rotina. O sonho não deve ficar trancado em uma gaveta longe dos olhos do mundo. A fantasia que não é soprada ao vento adoece, enfraquece, definha... O grito foi feito para se gritado. A dor nasceu para doer. O drama precisa de dramatização. O sim não pode ficar preso a um “não”. O canto só existe quando cantado. O amor deve ser vivido e não proibido. O tempo não pode ser feito de refém. Há sempre um alguém amordaçado por baixo de um ninguém.
Liberte-se negando toda e qualquer forma de escravidão. Liberte-se por dentro e por fora. Liberte-se em todos os sentidos. Liberte boca, olhos, braços, pés, pernas, ouvidos. Liberte as palavras que estão engasgadas. Liberte os romances que moram em seus labirintos. Liberte o bem e o mal, sem fazer juízo de valor. Liberte-se do tédio, do lugar comum, da robotização. Liberte-se dos conceitos e, sobretudo, dos preconceitos. Liberte-se das velhas estradas, das metodologias baratas, dos caminhos que não cruzam com outros caminhos.
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