28/06/2010 - Jogando conversa fora
Eu já lhe falei, ò meu senhor, das tantas coisas que trago no peito? Eu já lhe contei, ò minha senhora, por que meu coração chora descompassado desse jeito? Pois bem, é tanto ciúme, amor e defeito pulsando seus pulsos e impulsos no mesmo lugar. Ah! De centenas de espinhos apenas um ignora seu destino transformando-se em flor. E depois da dor do florescer vem o vento da separação, levando uma pétala para cada canto. E pétalas não são sementes de encanto ou de pranto, são apenas pedaços de um coração frágil e inquieto. Ah! Meu amor, por favor, fica por perto.
Eu já lhe falei, ò meu senhor, das tantas coisas que rasgo no peito? Eu já lhe contei, ò minha senhora, por que meu coração aflora descompassado desse jeito? Pois bem, é pecado e respeito disputando para ver quem é o sentimento eleito. Ah! Se ao menos o perdão pegasse como sementeira depois da primeira chuva. Se ele tivesse força para brotar no meio das pedras, para suportar tantas quedas de sol e ainda morrer no bico de um rouxinol pra nascer num lá bemol. Ah! Se pudéssemos comprar sementinhas de perdão na loja da esquina. Ah! Meu amor, por favor, seja para sempre a minha menina.
Ah! Meu senhor… Ah! Minha senhora… Ah! Se o amor crescesse e não sofresse e não fosse embora, onde estaríamos agora?
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