Daniel Campos

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06/02/2016 - Já passa das nove

Já passa das nove e eu ainda te espero. A não ser que me prove o contrário, eu sempre te quero. Já enxergo seu rosto pelas nuvens e sinto o seu gosto e até o seu silêncio me ruge. Sua pele conversa com a minha e meu coração plebeu a chama de rainha. Meus pés tropeçam nos seus rastros. E eu saio do meu mato para te buscar no asfalto. Eu rebato toda saudade com mais saudade e assim faço da minha a sua, a nossa cidade de memórias e histórias sem idade. Já passa das nove e chove em mim a felicidade de vê-la dançando, se dando, deitando no jardim das bromélias, ou seria das camélias? Não importa, quando chegar saiba que a porta estará aberta e a minha metade de tudo ainda deserta, pronta, plenamente pronta para ser preenchida e vivida por você e seus porquês.


Comentários

07/02/2016, por Dalva:

Como sempre, envolvente


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