Iroko i só! eeró! (trecho II)
"O sol continua escondido entre nuvens negras e longas quando ela me convida a entrar, agora dentro de sua casa. Mas o vento não dava indicações de chuva. Além de soprarem do sul, tinham um sabor seco. Ao terminar o último dos seis degraus, mais uma vez, minhas retinas se dividem entre luzes e sombras. Na sala da casa sem forro, dezenas e dezenas de velas. Velas coloridas. Toda aquela parafina queimada causa um cheiro que chega a queimar as narinas. Não consigo encontrar televisão, aparelho de som, abajur... Enfim, não consigo encontrar o menor sinal de energia elétrica. Apenas as velas. Uma poltrona forrada de pano verde e um sofá cinza de três lugares tratam de povoar a sala. Em destaque, sob um móvel escuro, uma escultura de Iroko, entalhada em madeira de gameleira. Iroko era o orixá daquela mulher que podia ter muitas preocupações, menos a de varrer a casa. Espalhadas pelo chão, uma infinidade de folhas secas da tal árvore da porteira. O vento deveria ser forte para trazê-las até ali."
Observação do autor: Sentiu vontade de ler mais? Em breve, esse romance impregnado de misticismo e suspense estará ao seu alcance capítulo a capítulo. Aguarde.
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