11/01/2015 - Ignorância
Por que me olha assim como se não visse nada? Até quando você vai me dar suas costas? Por favor, me perdoa, não me ignora, eu sei que nada é à toa, mas... Pra que tantos ais? Deixa meu barco voltar pro seu cais. Eu preciso do remanso dos seus olhos mansos. Cansei das tempestades, de viver à mercê da saudade, de vagar sem rumo pela cidade. Quantas vezes eu fui pra seu endereço. Por muitas horas eu me vi ligando pro seu telefone. Pensar que nunca mais vai ser como era antes é um inferno de Dante. Tenha certeza de que a tristeza que exala me cala. Cada vez que me ignora cava um pouco mais da minha vala.
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