18/02/2011 - Grand-Ópera
Quero pegar o trem que me leve para o mês que vem. Quero pegar a rua que me leve para lua. Quero pegar o a trilha que me leve para deserta ilha. Quero pegar o caminho que me leve para um bom vinho. Quero pegar a estrada que me leve à criatura amada. Quero pegar a direção que me leve a uma paixão. Quero pegar a nave espacial que me leve a outro astral. Quero pegar o cavalo de aço que me leve às flores de março. Quero pegar o submarino que me leve ao feminino.
Quero pegar a vela que me leve a outra janela. Quero pegar o nevoeiro que me leve ao meu eu mais inteiro. Quero pegar a vereda que me leve ao bicho da seda. Quero pegar o balão que me leve à próxima estação. Quero pegar a via que me leve ao mundo de fantasia. Quero pegar o destino que me leve ao tempo de menino. Quero pegar o vento que me leve ao rebento. Quero pegar a cruz que me leve à luz. Quero pegar o avião que me leve para o anjo coração.
Quero pegar o verso que me leve ao adverso. Quero pegar o texto que me leve ao pretexto. Quero pegar a língua que me leve à boca que não míngua. Quero pegar pernas que me levem às cavernas. Quero pegar a montaria que me leve ao mistério da cotovia. Quero pegar o rumo que me leve ao resumo. Quero pegar o passo que me leve ao seu desejo mais devasso. Quero pegar o rasto que me leve de arrasto. Quero pegar a onda que me leve a La Gioconda.
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