Daniel Campos

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08/03/2011 - Gaia e suas mulheres

Todo artista tem em sua alma uma espécie de útero. Foi assim que essa fonte de energia chamada Deus deu a luz ao mundo. A humanidade chegou aonde chegou por conta do pecado original, envolvendo duas simbologias femininas: a maçã e a serpente. Temos em nossas veias o sangue de Eva. Jesus só foi Cristo graças ao milagre de Maria, Nossa Senhora, que é una e ao mesmo tempo centenas de invocações e rostos.

A civilização perdeu a cabeça com Joana D’Arc. Imperadores e escravos da paixão viraram pedra diante dos olhos de Cleópatra. Os amantes passaram a amar em francês com Edith Piaf. Os deuses do Olímpo se destruíram pela beleza de Afrodite. Quantos homens se curvaram a uma Margaret de ferro? Quantos não sonharam em dançar com Margot Fontain? Quantos corações foram revirados pelos gestos de madre Tereza de Calcutá? Quantos os órfãos da princesa Diana, de Evita Perón, de Elis Regina?

De Rapunzel à Cinderela, os contos de fadas se perpetuam em razão de suas grandes damas. De Julieta à Marília de Dirceu, as mulheres dão vida à prosa e à poética. No cinema, nos casamos com as mocinhas e nos tornamos amantes das vilãs. E a Terra, fértil como só, atende pelo nome de Gaia. Não é à toa que, como toda e qualquer mulher, dia após dia, Gaia pari um quinhão de amores.


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