16/01/2012 - Feliz
Ele está feliz como nunca ousou ser. Sente-se leve, sem amarras, sem correntes, sem nós, sem prisões. Depois de anos sendo sufocado voltou a respirar. Pode correr, pode voar, pode viajar no tempo e no espaço. Finalmente tem o direito de viver a vida que perdeu, ou melhor, que lhe fizeram perder. Ah! Tinham lhe arrancado tantas coisas. Os machucados ainda doem, mas há mais a comemorar do que lamentar. A dor é momentânea. Mais dia menos dia se extinguirá.
Vive um contentamento nunca dantes vivido. Tudo se iluminou e, tudo se alegrou e tudo se transformou dentro dele. O seu mundo ganhou em cor, sabor e textura. Chega a ouvir músicas em seu pensamento e ver estrelas mesmo com os olhos fechados. Depois de tanta guerra, entre mortos e feridos, encontrou-se com a paz. E como essa mulher, a tal paz, tem lhe feito bem. Ela segue com ele juntamente de companheiros leais, sonhos antigos e a esperança de que essa alegria dure para sempre.
Comentários
Nenhum comentário.
Escreva um comentário
Participe de um diálogo comigo e com outros leitores. Não faça comentários que não tenham relação com este texto ou que contenha conteúdo calunioso, difamatório, injurioso, racista, de incitação à violência ou a qualquer ilegalidade. Eu me resguardo no direito de remover comentários que não respeitem isto.
Agradeço sua participação e colaboração.