01/10/2012 - Fechamentos
O pássaro fechou as asas. O teatro fechou as cortinas. A mulher fechou os botões. A nuvem de chuva fechou o céu. O carro fechou a moto. A polícia fechou o cerco ao bandido. A moça fechou a janela. O garçom fechou a conta. A primavera fechou o inverno. Vermelho, o semáforo fechou a passagem. O medo fechou o futuro. O coração zangado fechou o tempo. A mãe-de-santo fechou seus caminhos.
O coveiro fechou o caixão. O ator fechou mais um contrato. O espertalhão fechou o jogo. O manifestante fechou a rua. A falência fechou as portas. A dieta lhe fechou a boca. A fé fechou sua visão. Com sono, a menina fechou o livro. A bolsa fechou em alta. O político fechou com outro político. O sanfoneiro fechou a sanfona. O beijo fechou seus olhos. O vento fechou as feridas. A morte fechou a prosa.
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